São Bernardo investe em sustentabilidade e cultura indígena com sistemas agroflorestais

São Bernardo investe em sustentabilidade e cultura indígena com sistemas agroflorestais

Esforços conjuntos visam a conservação ambiental e a segurança alimentar nas aldeias Guyrapaju, Kuaray Rexakã e Nhamandú-Mirim

Em um movimento significativo para a sustentabilidade e conservação cultural, a Prefeitura de São Bernardo, liderada pelo prefeito Orlando Morando, anunciou um investimento de R$ 600 mil para a implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em aldeias indígenas do município. Esse projeto, elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, é co-financiado pelo programa Refloresta SP e visa a aliar produção de alimentos sustentável com recuperação ambiental nas comunidades indígenas.

O financiamento, obtido através de um convênio formalizado com o governo do Estado de São Paulo, faz parte de uma seleção restrita de projetos aprovados em 2022, destacando São Bernardo do Campo entre mais de 60 municípios participantes. O contrato prevê uma duração de até 43 meses de implementação, com foco nas aldeias Guyrapaju, Kuaray Rexakã e Nhamandú-Mirim, na Terra Indígena Tenondé Porã, beneficiando mais de 1.500 residentes.

Regina Célia Damasceno, responsável pela Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, enfatizou o valor educacional do projeto, que visa transmitir conhecimentos sobre SAFs às comunidades indígenas, promovendo um modelo de sustentabilidade local. O projeto compreende a restauração de pelo menos 10 mil metros quadrados de áreas verdes em cada aldeia, totalizando 30 mil metros quadrados, além de fornecer equipamentos e insumos essenciais.

Além da preservação ambiental, o projeto visa a segurança alimentar e a geração de renda, com a expectativa de que as primeiras unidades de SAFs sejam implementadas no segundo semestre de 2024. As atividades incluem a seleção de áreas de plantio, capacitação dos indígenas, escolha das espécies e preparo do solo, com o apoio de uma empresa terceirizada especializada.

Em paralelo, a rede municipal de saúde está recebendo treinamento especializado para prestar um atendimento mais acolhedor e humanizado à população indígena. Este esforço faz parte de um projeto mais amplo de inclusão, que também beneficia outros grupos vulneráveis como PCDs (Pessoas com Deficiência), obesos e a população LGBTQIA+, promovendo a equidade no atendimento.

Com esta iniciativa, São Bernardo do Campo reafirma seu compromisso com a sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e inclusão social, destacando-se como um exemplo de gestão municipal comprometida com o bem-estar de todas as suas comunidades.